Desviar o foco e criar ruído no rival. Eis o que o deputado corintiano Andrés Sanchez quis fazer com a sua declaração ontem, dia 30, na rádio Transamérica ao afirmar, o seguinte:
“O único (atleta do Brasil) que valeria pagar seria o Dudu, do Palmeiras, que tem a cara do Corinthians e ganha metade do que os que chegaram lá estão ganhando. Ele está merecendo um aumento”, disse Sanchez.
Que o Dudu é bom jogador e serve para atuar em qualquer grande time, basta assistir as atuações dele. Isso é óbvio na fala do cartola ou de uma criança recém nascida, por exemplo. Nada de novo. Todos desejam um atleta desse nível em seu clube de coração. Até aí, nada de mais.
Mas note com atenção, principalmente essa última oração: “Ele está merecendo um aumento”. Aqui está o ponto central de sua fala, que tem por finalidade criar um ponto focal para que os coleguinhas de imprensa, principalmente aqueles que nutrem paixão pelo time alvinegro, explorem em seus veículos essa questão e por ventura ainda questionem essa possibilidade absurda ao jogador numa coletiva de imprensa, tentando criar um clima de desarmonia no conjunto palmeirense.
Uma artimanha velha e cansativa, que teremos que conviver. Sanchez não cogita o atleta, de fato. Sua intenção é pautar os jornalistas sobre uma situação inexistente e levar um debate inócuo para o lado alviverde e tentar provocar algum tipo de instabilidade.
Sanchez enrolado
Ao invés de opinar sobre a folha salarial do Palmeiras (o que para ele não deveria ser motivo de preocupação), seria mais prudente ao deputado petista André Sanchez usar o seu espaço na mídia para falar a respeito da denuncia contra ele feita pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, no dia 11 de dezembro ao Supremo Tribunal Federal (STF) por crime tributário, de acordo com o que foi amplamente divulgado por veículos de imprensa.
Segundo a Procuradoria Geral da República, o ex-presidente do Corinthians (e um dos candidatos ao cargo novamente), junto de outros três sócios, teria usado “laranjas” para abrir uma empresa e camuflar operações financeiras, além de omitir receitas, a fim de deixar de pagar tributos no valor de R$ 8,5 milhões.
Segundo a PGR, Andrés Sanchez e os sócios dele teriam usado “laranjas” – pessoas sem capacidade financeira e usadas para esconder os reais proprietários – para abrir a empresa Orion Embalagens, em 2002.
As investigações, diz a procuradoria, mostram que a empresa fazia parte do Grupo Sol, de Sanchez, que atuava no mesmo ramo, funcionava no mesmo espaço e tinha os mesmos funcionários.
Por meio do esquema, acrescenta a denúncia, a empresa conseguia diminuir o pagamento de imposto de renda, PIS, Cofins e CSLL.
Além de multa e ressarcimento dos valores, Dodge pede a condenação de Sanchez a pena que varia de 2 a 5 anos de prisão.
Como deputado, Andrés tinha como principal plataforma política criar no dia 1º de setembro o Dia do Corinthians, no calendário nacional. Foi veementemente rejeitado.
Pai do Itaquerão
Com a bênção do seu amigo pessoal e então presidente da República, Luis Inacio Lula da Silva, recentemente condenado pela Justiça por lavagem de dinheiro e corrupção, ele arquitetou o estádio corintiano em Itaquera, que gerou ao clube uma divída de cerca de R$ 2 bilhões, segundo especialistas, numa engenharia financeira das mais ocultas e inexplicadas da história do país.
Chapéu e Peroba
O palestrino Dudu de fato tem a cara de um clube da Grandeza e Glórias como o Sport Club Corinthians. Por isso veste verde e escolheu defender o Palmeiras quando cogitado pelo rival em janeiro de 2015.
Talvez essa derrota alvinegra ainda é uma ferida aberta na alma do deputado alvinegro, acostumado a usar a sua influência nos bastidores para atingir seus objetivos, sem se preocupar com ética e pudor.
Enquanto Dudu segue frustrando o sonho do cartola atuando pelo Palestrão, seria interessante dar explicações sobre as suas negociatas como homem público e dirigente.
No mais, recomendamos ao político um bom chapéu e bastante óleo de peroba, para ver as atuações do nosso camisa 7 no Palestra Itália.
FORZA VERDÃO!!!