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A cara de pau

Desviar o foco e criar ruído no rival. Eis o que o deputado corintiano Andrés Sanchez quis fazer com a sua declaração ontem, dia 30, na rádio Transamérica ao afirmar, o seguinte:

“O único (atleta do Brasil) que valeria pagar seria o Dudu, do Palmeiras, que tem a cara do Corinthians e ganha metade do que os que chegaram lá estão ganhando. Ele está merecendo um aumento”, disse Sanchez.

Que o Dudu é bom jogador e serve para atuar em qualquer grande time, basta assistir as atuações dele. Isso é óbvio na fala do cartola ou de uma criança recém nascida, por exemplo. Nada de novo. Todos desejam um atleta desse nível em seu clube de coração. Até aí, nada de mais.

Mas note com atenção, principalmente essa última oração: “Ele está merecendo um aumento”. Aqui está o ponto central de sua fala, que tem por finalidade criar um ponto focal para que os coleguinhas de imprensa, principalmente aqueles que nutrem paixão pelo time alvinegro, explorem em seus veículos essa questão e por ventura ainda questionem essa possibilidade absurda ao jogador numa coletiva de imprensa, tentando criar um clima de desarmonia no conjunto palmeirense.

Uma artimanha velha e cansativa, que teremos que conviver. Sanchez não cogita o atleta, de fato. Sua intenção é pautar os jornalistas sobre uma situação inexistente e levar um debate inócuo para o lado alviverde e tentar provocar algum tipo de instabilidade.

Sanchez enrolado

Ao invés de opinar sobre a folha salarial do Palmeiras (o que para ele não deveria ser motivo de preocupação), seria mais prudente ao deputado petista André Sanchez usar o seu espaço na mídia para falar a respeito da denuncia contra ele feita pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, no dia 11 de dezembro ao Supremo Tribunal Federal (STF) por crime tributário, de acordo com o que foi amplamente divulgado por veículos de imprensa.

Segundo a Procuradoria Geral da República, o ex-presidente do Corinthians (e um dos candidatos ao cargo novamente), junto de outros três sócios, teria usado “laranjas” para abrir uma empresa e camuflar operações financeiras, além de omitir receitas, a fim de deixar de pagar tributos no valor de R$ 8,5 milhões.

Segundo a PGR, Andrés Sanchez e os sócios dele teriam usado “laranjas” – pessoas sem capacidade financeira e usadas para esconder os reais proprietários – para abrir a empresa Orion Embalagens, em 2002.

As investigações, diz a procuradoria, mostram que a empresa fazia parte do Grupo Sol, de Sanchez, que atuava no mesmo ramo, funcionava no mesmo espaço e tinha os mesmos funcionários.

Por meio do esquema, acrescenta a denúncia, a empresa conseguia diminuir o pagamento de imposto de renda, PIS, Cofins e CSLL.

Além de multa e ressarcimento dos valores, Dodge pede a condenação de Sanchez a pena que varia de 2 a 5 anos de prisão.

Como deputado, Andrés tinha como principal plataforma política criar no dia 1º de setembro o Dia do Corinthians, no calendário nacional. Foi veementemente rejeitado.

Pai do Itaquerão

Com a bênção do seu amigo pessoal e então presidente da República, Luis Inacio Lula da Silva, recentemente condenado pela Justiça por lavagem de dinheiro e corrupção, ele arquitetou o estádio corintiano em Itaquera, que gerou ao clube uma divída de cerca de R$ 2 bilhões, segundo especialistas, numa engenharia financeira das mais ocultas e inexplicadas da história do país.

Chapéu e Peroba

O palestrino Dudu de fato tem a cara de um clube da Grandeza e Glórias como o Sport Club Corinthians. Por isso veste verde e escolheu defender o Palmeiras quando cogitado pelo rival em janeiro de 2015.

Talvez essa derrota alvinegra ainda é uma ferida aberta na alma do deputado alvinegro, acostumado a usar a sua influência nos bastidores para atingir seus objetivos, sem se preocupar com ética e pudor.

Enquanto Dudu segue frustrando o sonho do cartola atuando pelo Palestrão, seria interessante dar explicações sobre as suas negociatas como homem público e dirigente.

No mais, recomendamos ao político um bom chapéu e bastante óleo de peroba, para ver as atuações do nosso camisa 7 no Palestra Itália.

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Reação Grená

O início da temporada juventina não é nada animadora. O sinal de alerta já está aceso na Mooca. Em quatro jogos até aqui, foram três derrotas e um W.O. a favor. Ou seja, dentro do campo os juventinos ainda não sabem o que é vencer e já ocupam as últimas colocações do campeonato.

Esse desempenho pífio fez com que o técnico Edmilson de Jesus fosse demitido sem obter nenhuma vitória pelo Moleque Travesso.

Notícias extra-oficiais dão conta que o ex-atacante juventino Alex Alves assuma o comando da equipe nos próximos dias. Dirigindo o Nacional da Capital no ano passado, ele foi um dos responsáveis pela montagem da equipe nacionalina que conquistou o título do Campeonato Paulista da Série A-3 e o acesso para a divisão superior em 2017

Fator Javari

A rua Javari sempre foi um trunfo importante para o time da Mooca. Antes do início do Campeonato Paulista da Série A-2,  o Juventus mantinha 16 partidas invictas pela competição estadual atuando em seus domínios. Até então, essa era a sua segunda melhor marca em casa pelo torneio em toda a história do clube.

Nessa temporada, o alçapão se tornou um parque de diversões para os adversários. Em dois jogos como mandante, os juventinos foram facilmente batidos pelos seus rivais (Xv de Piracicaba e Grêmio Osasco) e não conseguiram se impor em casa.

A única vez que o Juventus perdeu três partidas seguidas em jogos do Campeonato Paulista da Série A-2 na rua Javari foi em 1999 (contra Paulista de Jundiaí, São Caetano e Ponte Preta).

Alta média de idade

O time que atuou na derrota diante do Grêmio Osasco no último final de semana aponta uma média de idade de 27,92 anos.

Dos quatorze atletas utilizados, onze titulares e três substituições, cinco jogadores apresentam mais de 30 anos. Vejamos: André Dias 28, Léo Cunha 22, Robson 24, Herbert 35, Sérgio Raphael 25, Felipe Saturnino 22, Nata 32, Rosinei 34, Wendel 36, Janderson 24, Baroni 28, Rafael Franco 24, Weldon 37, Deivide 20.

O Moleque Travesso é um dos times com maior média de idade na competição.

Desgaste excessivo

Dos oito mandos de campo que possui no Paulista A-2, o Juventus jogará seis vezes às 10h e apenas duas vezes após às 15h, de acordo com a tabela oficial divulgada pela Federação Paulista de Futebol, até essa data.

Duas partidas já se realizaram nesse horário matutino. Ambos com derrotas juventinas pelo placar de 1 a 0.

Dos sete jogos como visitante, o Juventus jogará apenas uma vez no período da manhã, diante da Portuguesa de Desportos, no Canindé. Os demais confrontos serão na parte da tarde ou a noite.

O Juventus é o clube que jogará o maior número de jogos nesse horário das 10h, entre todos os participantes do Paulista A-2 em 2018.

Ou seja, metade da competição atuará sob o sol escaldante, sendo uma das equipes com maior média de idade do torneio, e por consequência sofrendo um desgaste físico superior em relação aos seus adversários.

Isso sem contar as viagens: Votuporanga (530 km), Batatais (362 km) e Penápolis (480 km), Taubaté (150km). Teria ainda a viagem para Rio Claro, mas essa foi cancelada devido a não realização da partida.

Em 2015, a Confederação Brasileira de Futebol, com médicos e dirigentes da entidade, decidiu que o horário não é apropriado para a prática do jogo, mesmo com parada técnica nos dois tempos para hidratação, abortando a realização dos jogos da Série A do Brasileiro no período matutino.

Reforços

Uma das tantas críticas da torcida grená tem sido a não utilização dos garotos da base do clube. No último domingo, os nomes de Dener e Cesinha, por exemplo, foram pedidos pelos torcedores, que nem ao menos estavam entre os relacionados para o jogo.

Outro ponto que se discute também é a possível negociação por empréstimo de alguns jovens atletas que não serão utilizados pelos grandes paulista (Palmeiras, São Paulo, Santos e Corinthians), que disputaram a Copa São Paulo de Juniores e por ventura não seriam utilizados por essas equipes no estadual, tendo espaço no time da Mooca.

Com as regras de inscrição de atletas mais rígidas para essa temporada, o novo comandante grená terá sérias dificuldades de fazer ingressar reforços de relativa qualidade para o atual elenco, sendo esse um dos principais desafios para quem for assumir o cargo.

Torcida Juventina

Nos últimos anos, o Juventus é o time da capital paulista que leva o maior número de torcedores ao estádio quando atua como mandante, sem contar o trio de ferro formado por Palmeiras, São Paulo e Corinthians.

Seguindo a tendência das temporadas anteriores, o Moleque Travesso já desponta como a melhor média de público em relação aos times da capital, que também disputam o Paulista da Série A-2. Confira os números:

Estádio Conde Rodolfo Crespi
Juventus x Xv de Piracicaba – 2.536 pagantes
Juventus x Osasco/Audax – 1.748 pagantes
Média: 2.142 pagantes por jogo

Estádio Comendador Souza
Nacional x São Bernardo – 386 pagantes
Nacional x Votuporanguense – 300 pagantes
Média: 343 pagantes por jogo

Estádio Oswaldo Teixeira Duarte
Portuguesa x Batatais – 966 pagantes
Portuguesa x Xv de Piracicaba – 1.069 pagantes
Média: 1.017 pagantes por jogo

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Sequência positiva

Desde 2014, ano que marcou o centenário alviverde, o Palmeiras não iniciava o Campeonato Paulista com quatro vitórias consecutivas. Naquela ocasião o Verdão atingiria ainda a marca de seis jogos seguidos com triunfos no Estadual. Mas esperamos que as semelhanças com aquela temporada para o time de hoje acabem por aí, afinal todos recordamos como foi angustiante aquela jornada, sob todos os aspectos.

Esse atual Palmeiras de Roger Machado, além dos bons resultados alcançados até aqui, chama atenção pela organização do sistema tático e do posicionamento tanto defensivo como ofensivo, nos quatro jogos que disputamos.

Acima das individualidades, o time palestrino vem adquirindo força de conjunto. Todos dando a sua parcela de contribuição. Goleiro decidindo na meta. Laterais menos expostos. Linha de zagueiros mais postada. Meio campistas dando a harmonia necessária na frente e atrás. Atacantes ajudando na linha de marcação e contribuindo na construção das chances de gols.

Discretamente, o alviverde esboça uma forma interessante e moderna de jogar, que vai ao encontro do anseio do torcedor. Lógico que ainda falta muito para evoluir. Só estamos no início de um longo e promissor ano.  Não serão nada fáceis os obstáculos dentro do Estadual, pela Libertadores e nas disputas Nacionais. Mas desde já conseguimos identificar uma postura que pode colher bons frutos nos torneios e competições que teremos pela frente.

O equilíbrio emocional dentro e fora de campo, o controle para lidar com as vaidades e a constante atenção para que a presunção, a maledicência e as intrigas não tomem conta do ambiente é um dever de todos que querem contribuir para um Palmeiras vencedor.

Temos visto achaques constantes de setores da imprensa que tentam a toda hora nos contaminar com suas fantasias e frustrações, afim de nos desviar do nosso real objetivo e destruir esse trabalho inicial.

“Fair play financeiro”, “colete de imprensa”, “Esquema Crefisa” e outras tantas picuinhas são criadas com o único intuito de nos desestabilizar.

Nós torcedores estamos lúcidos contra essa velha e calhorda artimanha e seguimos firmes em apoiar o nosso maior sentimento rumo às vitórias que tanto sonhamos! Vamos levar esse Querido Palestrão nas costas como sempre fizemos. De forma operária e discreta como tem sido o trabalho de Roger Machado e seus comandados.

Agora, teremos o primeiro clássico de 2018, diante do Santos Futebol Clube em nossos domínios, no próximo final de semana. Certeza de um Palestra Itália lotado, vibrante e pulsante, empurrando o Alviverde Imponente, como sempre!

Que essa energia e atmosfera extasiantes sejam a tônica que inspire a todos que vestem verde e branco a manter cada vez mais longeva a nossa sequência positiva que está apenas no começo!

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Javari de volta

Na manhã de domingo (21), as emoções do futebol estarão de volta a nossa velha e querida Mooca. O Juventus recebe o Xv de Piracicaba, às 10h, no mitíco e lendário estádio Conde Rodolfo Crespi, na rua Javari, pela segunda rodada do Campeonato Paulista da Série A-2.

O Moleque Travesso estreou na competição com derrota fora de casa no meio de semana para a Votuporanguense pelo placar de 3 a 2 e diante de sua fanática e apaixonada torcida vai em busca da reabilitação.

Juventus x Xv Piracicaba

Duas das mais tradicionais equipes do futebol paulista, Juventus e Xv Piracicaba se enfrentaram apenas cinco vezes pelo Campeonato Paulista da Série A-2 ao longo da história. O Moleque Travesso ostenta um tabu de nunca ter perdido para o seu adversário na competição, com três vitórias e dois empates.

No último encontro realizado no ano passado em Piracicaba, as equipes ficaram no empate sem abertura no placar.

André Dias recordista

O site oficial do Juventus anunciou que na partida diante do Xv de Piracicaba, o goleiro André Dias completará 100 jogos com a camisa juventina. Consultamos a assessoria de imprensa do clube que nos informou que tais números foram fornecidos pelo próprio atleta.

Entretanto, de acordo com as súmulas oficiais da FPF, esse será o jogo de número 99 do jogador com a camisa juventina (contando partidas amistosas, jogos do Campeonato Paulista e Copa Paulista).

O jogador estreou pelo time da Mooca em 2 de fevereiro de 2014, na vitória por 1 a 0  contra a Matonense, pelo Campeonato Paulista da Série A-3, em Matão.

Um dos momentos mais marcantes de sua carreira para o torcedor juventino foi no ano de 2015, quando evitou cinco penalidades consecutivas (três defesas e duas bolas fora) e se consagrou como ídolo grená.

Atualmente, é o atleta do atual elenco profissional juventino com maior tempo de casa e jogos disputados. Confira os números de André Dias, ano a ano, pelo Juventus:

2014 – 25 jogos disputados
2015 – 32 jogos disputados
2016 – 26 jogos disputados
2017 – 14 jogos disputados
2018 – 1 jogo disputado
Total – 98 jogos

Juventus na Série A-2

Em 2018 é a décima terceira vez que o Juventus disputa o Campeonato Paulista da Divisão de Acesso (hoje denominado Série A-2). A primeira participação do Moleque Travesso aconteceu em 1928 e de lá para cá, a equipe avinhada foi campeã em 1929 e 2005 e vice-campeã em 1994.

Na edição de 1994 o atacante juventino Cuca terminou como o artilheiro do torneio, sendo a única vez que um jogador do time da Mooca conquistou tal feito na disputa.

A fanática torcida grená sonha com o acesso à elite do Estadual, onde o Juventus está afastado desde 2008, amargando seu maior calvário sem participações na série principal do futebol paulista de toda a sua gloriosa história.

Números Gerais do Juventus no Paulista A-2

Jogos: 266
Vitórias: 117
Empates: 62
Derrotas: 87
Gols Pró: 420
Gols Contra: 354

Maior goleada a favor: 30/4/2005 Juventus 8×1 Matonense
Maior goleada sofrida: 31/3/2013 Juventus 0x7 Comercial de Ribeirão Preto

*** Em caso de reprodução dos dados acima, é obrigatório dar os créditos das informações ao autor Fernando Razzo Galuppo e seu respectivo blog pessoal ***

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Não somos otários!

Em 1969 a cidade de São Paulo iniciou um processo de expansão irreversível. A província paulistana começava a ganhar feições de metrópole em todas as suas esferas. Nesse ambiente, foi criada a Secretaria Municipal de Esportes, dando início pela primeira vez a uma política pública de inclusão social através da promoção da prática esportiva entre a juventude, encabeçada pela municipalidade.

Novos equipamentos públicos e competições de todas as modalidades foram criados, entre eles a Copa São Paulo de Futebol Juniores. Em pouco tempo popularizou e tornou-se um dos maiores e mais democráticos torneios desportivos, alcançando projeção internacional. A organização ao passar do tempo saiu das mãos da Secretaria Municipal, ficando para a Federação Paulista de Futebol essa atribuição.

Nessa semana a FPF, que é detentora dos mandos de campo da Copinha, decidiu que a partida entre Palmeiras x Portuguesa de Desportos, válida pelas quartas de final, que acontece nessa sexta-feira  (19), no estádio do Pacaembu, deveria haver cobrança de ingressos, com valores entre R$30 a R$50, “por questões de segurança”.

Não é novidade. Em outras épocas, a entidade usou desse mesmo expediente. No ano de 2016, São Paulo e Flamengo tiveram cobrança de ingressos. Em 2017, Corinthians e Flamengo também tiveram bilheteria. Nessa ocasião, os valores foram de R$20 a R$40. Na final desse mesmo ano, entre Corinthians e Batatais, também foi cobrado ingresso, já com um reajuste no valor de R$30 a R$50. E a justificativa da cobrança pela FPF em todos os casos foi devido à segurança, conforme disposto no próprio regulamento do torneio.

Essa mesma segurança que não foi evocada em 2013, quando Palmeiras e Santos se enfrentaram na semifinal da competição e não houve cobrança de ingressos para a partida, por exemplo. Ou em 2010, quando palmeirenses e santistas se cruzaram novamente na penúltima fase do torneio e os torcedores tiveram que doar um quilo de alimento não perecível para ver o jogo.

A cobrança de ingressos na Copa São Paulo é praxe somente na final na última década. Das últimas edições, apenas em 2008 e 2011 não houve venda de ingressos na decisão. E geralmente um preço simbólico.

No Artigo 38 do Regulamento Geral das Competições (publicado no site oficial da entidade) está explícito:

“A venda de ingressos, bem como a arrecadação das partidas, será de responsabilidade do Clube mandante em todos os seus itens, incluindo aqueles previstos na Lei nº 10.671/2003, em especial no seu Capitulo V.”

No Artigo 33 do Regulamento Específico da Copa São Paulo de Futebol Juniores (também publicado no site da entidade), diz o seguinte:

“Somente poderão ser cobrados ingressos por motivos de segurança e desde que expressamente autorizado pela FPF.”

No final do ano passado, Palmeiras e Corinthians, um dos clássicos de maior rivalidade do futebol mundial, decidiram uma FINAL de Copa do Brasil sub-17, no mesmo estádio do Pacaembu, COM ENTRADA GRATUITA!

Posto isso, questionamos:

O que justifica o valor do ingresso de 30 reais para essa partida? Como se chegou a esse valor?

Como uma competição “AMADORA”, pode ter um preço de ingresso maior que aquele aplicado, por exemplo, numa competição profissional organizada pela própria entidade como o Campeonato Paulista da Série A-2 que teve início nessa semana, tendo o ingresso mais barato  na partida de estréia da própria Portuguesa de Desportos contra o Batatais no estádio Canindé sendo praticado no valor de R$20 as arquibancadas, por exemplo?

Vale lembrar que o estatuto do torcedor versa apenas em seu capítulo V sobre a cobrança de ingressos para competições profissionais. Sendo a Copinha uma competição “AMADORA”, como fica essa questão? O torcedor que se sentir lesado pode acionar a Justiça?

Para onde vai a renda dessa partida (e das demais que já foram cobradas ao longo da história)? Quem é o mandante? Como fica o artigo 38?

Os clubes ficarão com qual percentual da renda do duelo desta sexta?

Daqui para frente, todos os demais jogos serão cobrados por motivo de segurança?

Qual o risco para a segurança implica uma partida entre Palmeiras x Portuguesa? Qual o critério para evocar esse dispositivo?

Essas e outras questões surgem ao torcedor mais atento. A maior torcida organizada do Palmeiras, Mancha Verde, divulgou uma nota e se posicionou sobre essa questão, convocando os associados e toda coletividade palmeirense para um protesto no dia e horário do jogo, contra essa determinação da FPF, na Praça Charles Miller – portão principal, entre outras observações pertinentes.

Antes um fator de inclusão. Hoje um estímulo reverso. A Copinha se tornou a barriga de aluguel de oportunistas da bola. Balcão de empresários usando o sonho e a paixão de garotos (e torcedores) como se fossem mercadorias, afastando-se de sua missão original quando de sua criação há quase cinqüenta anos atrás.

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Verdão no Paulista

O Palmeiras faz a sua estreia no Campeonato Paulista de 2018 diante do Santo André, no estádio Palestra Itália, na noite de quinta-feira (18), às 19h30. Essa será a 102 participação do alviverde na competição estadual de maior relevo do futebol nacional.

A primeira vez que o alviverde disputou o torneio foi em 1916. De lá para cá, foram 22 títulos de campeão e 24 vice-campeonatos. Apenas em 2002 o Palmeiras (e todas as equipes grandes da capital) não esteve presente no torneio.

Em três edições o Verdão terminou a disputa sem sofrer sequer uma derrota. Foram nos anos de 1926, 1932 e 1972.

Foram quatro os anos em que o Palmeiras sofreu o menor número de gols numa única edição. Os palmeirenses permitiram apenas oito gols aos seus adversários nas edições de 1926, 1932, 1934 e 1972.

Apenas em duas ocasiões o alviverde superou a marca de 100 gols ou mais numa única edição. Foram nos anos de 1959 (112 gols) e em 1996 (102 gols).

Em 1981 foi o ano em que o Verdão efetou o maior número de partidas pelo estadual. Foram 52 jogos. O ano em que o Palmeiras mais venceu no torneio foi em 1959, quando obteve 30 vitórias em 41 jogos.

Goleadores

O alviverde também ostenta a marca dos melhores desempenhos numa única edição do Campeonato Paulista, tanto na era amadora (1902 a 1932) quanto na era profissional (1933 em diante). Esses feitos ocorreram em 1932 (quando obteve 100% de aproveitamento) e em 1996 (quando alcançou 92,2% de aproveitamento).

Os artilheiros do Palmeiras na história da competição foram: Heitor Marcelino (1926 e 1928), Romeu Pelliciari (1932 e 1934), Humberto Tozzi (1953 e 1954), César Maluco (1971), Evair (1994), Vagner Love (2004), Alex Mineiro (2008) e Alan Kardec (2014).

Humberto Tozzi, com 36 gols marcados em 1954, é o recordista de gols numa única edição com a camisa palestrina.

Técnicos

Roger Machado será o treinador de número 97 a comandar o Palmeiras na história do Campeonato Paulista.

Foram esses os técnicos que escreveram seu nome na história alviverde pela eternidade ao conquistarem o caneco de campeão: Giuseppe Roberti e Frediano De Lucca (1920), Renzo Mangiande (1926), Ramon Platero (1927), Humberto Cabelli (1932, 1933 e 1934), Ventura Cambon (1936 e 1950), Caetano De Domenico (1940), Armando Del Debbio (1942 e 1944), Oswaldo Brandão (1947, 1959, 1972 e 1974), Silvio Pirilo (1963), Mario Travaglini (1966), Dudu (1976), Vanderlei Luxemburgo (1993, 1994, 1996 e 2008).

Números

Jogos: 2.456
Vitórias: 1.381
Empates: 594
Derrotas: 481
Gols Pró: 4.914
Gols Contra: 2.587

Maior Goleada a favor: 8/8/1920 Palestra Itália 11×0 Internacional
Primeira partida: 13/5/1916 Palestra Itália 1×1 Mackenzie

*** Em caso de reprodução dos dados acima, é obrigatório dar os créditos das informações ao autor Fernando Razzo Galuppo e seu respectivo blog pessoal ***

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Verdão na Copinha

A equipe de juniores da Sociedade Esportiva Palmeiras enfrentará a Associação Portuguesa de Desportos na próxima sexta-feira (19), às 19h20, no estádio municipal do Pacaembu, pelas quartas de final da Copa São Paulo de Futebol Juniores.

O Verdão até aqui anotou 20 gols e sofreu apenas um, em seis jogos disputados na competição, com cinco vitórias e um empate. O atacante Fernando é o artilheiro da equipe alviverde com cinco gols marcados e briga também para ser o principal marcador da competição.

Comandado pelo técnico Wesley Carvalho, o time palmeirense sonha com a conquista inédita e já deixou para trás Taubaté, Moto Club, Luverdense, Botafogo-PB e Vasco da Gama.

Palestra x Lusos

Na história da Copa São Paulo de Futebol Juniores esse será o quinto jogo entre Palmeiras e Lusa. Nos quatro jogos anteriores, a vantagem é dos rubro-verdes com três vitórias, contra apenas uma dos palestrinos. Em fase eliminatória, há equilíbrio com uma eliminação para cada lado.

O primeiro encontro entre as equipes aconteceu em 1971 pela primeira fase da competição, com a Lusa vencendo pelo placar de 3 a 2. O segundo confronto aconteceu em 1974, pela fase semifinal do torneio. Novamente o time do Canindé superou o alviverde pelo placar de 1 a 0, na única vez que a partida entre as equipes aconteceu no estádio municipal do Pacaembu, palco do encontro nessa atual edição.

Em 1977 novo triunfo da Lusa também pelo placar de 1 a 0, em partida válida pela primeira fase da Copinha.

A única vitória palestrina contra o lusitanos na competição aconteceu em 2010, na cidade de São Carlos, em jogo válido pelas quartas de final. O time alviverde goleou o seu tradicional adversário pelo placar de 4 a 2, gols marcados por Wellington, Mayko, Ramos e Luis Felipe, avançando à semifinal.

Palmeiras no Pacaembu

Essa será a décima oitava vez que o Palmeiras jogará no estádio municipal do Pacaembu pela Copa São Paulo de Futebol Juniores. Até aqui, nos dezessete jogos disputados, foram três vitórias, seis empates, oito derrotas, 16 gols pró e 19 gols contra.

Na cancha da municipalidade, o Verdão disputou quatro decisões por pênaltis em jogos da Copinha. Em todas elas, o alviverde nunca conseguiu êxito sobre os seus rivais uma única vez sequer.

A primeira vez que os palmeirenses atuaram no estádio pela competição foi em 1972, na goleada por 4 a 0 contra o Campo Grande-RJ.

A última partida do Palmeiras no estádio municipal do Pacaembu pela Copinha foi justamente na final da competição em 25 de janeiro de 2003, quando o Verdão empatou em 2 a 2 contra o Santo André, e ficou com o vice-campeonato do torneio ao ser superado nas penalidades máximas.

O Verdão possui um tabu indigesto atuando diante de clubes paulistas pela Copinha no estádio municipal. Foram oito jogos contra equipes do próprio Estado, sem nunca obter sequer uma vitória, tendo alcançado cinco empates e três derrotas.

*** Em caso de reprodução dos dados acima, é obrigatório dar os créditos das informações ao autor Fernando Razzo Galuppo e seu respectivo blog pessoal ***

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À moda antiga

Dois meias cerebrais articulando o setor de criação de meio campo era algo comum no passado. Esses atletas vestiam geralmente as camisas 8 e 10 da equipe. Era fácil de reconhecer. Com o tempo, o futebol força ganhou cada vez mais espaço ceifando a figura dos criadores e privilegiando os brucutus.

Com o anúncio de Gustavo Scarpa na tarde dessa segunda-feira (15), e a presença de Lucas Lima no elenco, o Palmeiras 2018 terá uma linha ofensiva que taticamente resgata o passado do nosso futebol e que tantas glórias nos trouxe.

Dois pontas abertos (Dudu e Keno), dois meias de criação (Scarpa e Lima) e um atacante de área (Willian). Esse quinteto ofensivo deve ser o responsável pelas chances de gols que o torcedor esmeraldino tanto almeja. Na contenção, um volante centralizado com mobilidade e saída de jogo (Moisés) e uma linha de quatro defensores (Marcos Rocha, Luan, Dracena e Diogo Barbosa), com os laterais mais plantados. Possivelmente seja esse o pensamento de Roger Machado e sua comissão técnica para o Verdão nessa temporada.

Essa formação popularmente conhecida como WM, pelo fato da disposição nos setores do campo formarem linhas que sugerem o desenho dessas letras nos dois lados do gramado, pode ser uma solução do passado para os nossos desafios do presente.

Claro que no futebol atual não nos limitaremos apenas a esse conceito de jogo. Ainda mais com as peças individuais que o alviverde possui no plantel e que podem oferecer boas opções para cada circunstância específica e de acordo com o adversário que terá pela frente.

Entretanto, a tradição de um eixo central sólido e de qualidade técnica acima da média sempre foi uma das marcas em comum dos melhores times que já envergaram o manto esmeraldino.

A chegada de Scarpa está em sintonia com a história de sucesso do futebol do Verdão e uma solução viável para dispor individualmente as melhores peças numa harmonia tática ideal deve ser o velho e pragmático WM.

Há quem possa questionar o fato de dois meias canhotos atuando juntos ao mesmo tempo não ser possível. Para esses, vale lembrar que a seleção brasileira de 70 tinha três canhotos no time titular: Gerson, Rivellino e Tostão. O resto é história.

Veremos na prática todas as possibilidades que esse elenco pode oferecer para atingir os resultados que o torcedor e toda coletividade esmeraldina aguarda.

As esperanças se renovam no coração e na alma palestrina, que necessita ter paciência para ver esse bom time na teoria se transformar numa nova Academia na prática.

No meio do processo, teremos que conviver com a maledicência de setores da imprensa, com as artimanhas dos rivais, com os jogos ocultos dos bastidores e, acima de tudo, com a nossa euforia desmedida. Esses sempre foram fatores preponderantes para o nosso sucesso ou derrocada.

O ano começa com uma boa perspectiva para nós palmeirenses. Vemos nas discussões entre torcedores que cada um já possui o seu onze que mais lhe agrada. Para não fugir dessa prerrogativa, desenho o meu Verdão titular (contando com o fato de que todos os atletas estejam saudáveis e em condições de jogo), no sistema já mencionado:

Fernando Prass, Marcos Rocha, Luan, Edu Dracena, Diogo Barbosa, Moisés, Keno, Lucas Lima, Gustavo Scarpa, Willian e Dudu.

Essa formação se assemelha muito ao Palmeiras do segundo semestre de 1994, que tinha dois meias criativos (Rivaldo e Flávio Conceição), dois pontas abertos (Zinho e Edmundo), um atacante de área (Evair), um volante centralizado de grande qualidade técnica (César Sampaio) e uma linha de quatro defensores (Cláudio, Antônio Carlos, Cléber e Roberto Carlos).

Um time imbatível, comandado pelo estrategista Wanderley Luxemburgo, e considerado por muitos como o melhor entre todos os grandes esquadrões do alviverde nos anos 90, dado o seu equilíbrio técnico e tático.

Esperamos que essa semelhança não fique apenas no papel e se traduza em vitórias e conquistas dentro das quatro linhas, com plasticidade e eficiência. Nas arquibancadas estaremos, como sempre, vibrando numa fé inabalável para que o nosso Verdão nos faça emocionar com um futebol à moda antiga.

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