Esportes, Italianidade

Juventus 100 anos!

Cresci e estudei na Mooca. Minha formação moral vem dos seus cortiços, sua gente, linguajar, trejeitos e vilas operárias italianas. Amigos, familiares e amores estão no bairro fabril.

Ali meus antepassados fincaram raízes no inicio do século XX. Cultivaram alegrias, valores e tradições.

O cheiro do café União me despertava na chegada a escola. O apito da fábrica da Antarctica anunciava que meu saudoso pai viria me buscar no fim da tarde na escola da cervejaria.

O doce da Dicunto. O pão italiano da Ana Neri. Festa de San Gennaro. O chacoalhar do trem que me guiava por todos os cantos da cidade. O ônibus elétrico descendo a rua da Mooca em direção ao centro… Inúmeras recordações que não cabem no peito e num parágrafo.

Mooca. Que lindo! Em seus fragmentos e retalhos busco afetos e você me entrega a eternidade de uma infância e adolescência mágicas vividas em cada um de seus quarteirões.

De todos os amores que você me apresentou na vida, Mooca, um ainda resiste ao tempo e as transformações.

É vinho tinto. É Colérico. É embriagante. É Moleque. É Clube Atlético Juventus!

Chegou aos 100 anos nessa data. Mas insiste, como eu, em levar a vida como um garoto. Vivendo de sonhos e paixões, muitas vezes não correspondidos.

Quando lhe encontro na rua Javari, mais que um gol, uma vitória, um título, busco a mim mesmo. Busco tudo aquilo que a Mooca carinhosa e generosamente me deu (e dá).

Mangiullo. Alfredo. Valentim. Barba. Natale. Agarelli. Romano. Jurandyr. Glauco. Luiz Fernando. Betão. Denis. Grela. Corona. Marcelo Santos. Hamilton. Guizao. Fernando Martinez. Milton. David. Cebola. Osvaldo. 13. Alexandre Fiori. Alexandre Trevizzano. E tantos outros juventinos que desde o final dos anos 80 compartilhamos os dissabores e emoções deste lindo clube.

Obrigado por existir! Cent’Anni Juve!

Padrão
Esportes, Italianidade

Palmeiras: símbolo de fraternidade contra toda e qualquer intolerância

Uma onda de agressões contra a raiz genética da Sociedade Esportiva Palmeiras ganha corpo nas redes sociais. 

Antes, já se observava esse comportamento por parte de perfis anônimos e “torcedores” rivais pouco informados ou com desvio de caráter.

Entretanto, parece que o ataque sistemático ao Alviverde e seus torcedores ganha ressonância em influenciadores digitais, jornalistas graduados e formadores de opinião.

Daí, o jogo muda. O ódio pela origem palestrina  ganha viés de credibilidade. É endossado por quem nutre consciente ou inconscientemente um rancor pelo clube de Parque Antarctica.

A inveja se veste de maledicência. Usa-se um verniz argumentativo podre para colar toda uma coletividade a um pensamento odioso como se todos que vestem Verde fora um monolito sem forma e distinção. Como se agrupassem em seita ou conjunto ordenado, suprimindo todas as suas individualidades e complexidades que o compõem.

O generalismo que alguns se utilizam para afirmar o Palmeiras como um clube fascista é uma das maiores provas de embuste intelectual e acéfalia.

Etnia não é e nunca foi ideologia. Premissa básica para que pretende discutir com seriedade um assunto tão complexo. Se assim fosse, todos estaríamos amarrados a uma bola de chumbo do destino aniquilando o livre arbitrio e a própria evolução humana.

A Sociedade Esportiva Palmeiras e toda sua coletividade se orgulham da sua italianidade como princípio formador. Um povo que enfrentou o maior processo migratório com labor, resiliência, princípios, arte e amor construíram patrimônios eternos em todas as ciências e áreas de atuação.

Resumir o elemento italiano, suas obras e instituições a qualquer regime político ou figura nefasta é subjugar e reduzir esse grupo étnico ao plano mais baixo do mau-caratismo.

Por pensamentos e vozes tacanhas como essas que se levantam, principalmente nas redes sociais, é que a intolerância e a desinformação se alastram como uma epidemia corrosiva e incurável.

Vencemos com fraternidade as agruras de 1942. Sabemos bem o que vem pela frente. Dentro e fora do campo de jogo. E assim sempre será, pela eternidade.

FORZA VERDÃO!!!

Padrão
Esportes, Italianidade

Juventus semifinalista da A-2

A Mooca amanheceu em festa. O Juventus venceu a Ferroviária nos pênaltis por 3 a 1 após empate no tempo normal ontem em Araraquara pelo Paulista da Série A2 e está na semifinal da competição.

O Moleque Travesso enfrenta o Velo Clube na próxima fase e se superar o adversário de Rio Claro alcançará o tão desejado acesso de volta à elite do estadual após 17 anos, nesse que é o ano de seu centenário.

Há 24 anos o Juventus não avançava para uma série semifinal eliminatória na competição. Em 2005, o acesso foi conquistado através de um quadrangular e depois um jogo único para decidir o título. Feito histórico

Confira todas as participações do Juventus na fase quartas de final do Campeonato Paulista A2 em confrontos eliminatórios:

2000 – Venceu o primeiro jogo (Juventus 2×0 America São José do Rio Preto). Nova vitória no segundo jogo. Avançou para a semifinal.

2019 – Perdeu o primeiro jogo (Juventus 0x1 Xv Piracicaba). Empate no segundo jogo. Eliminado nas quartas de final.

2020 – Empatou o primeiro jogo (Juventus 1×1 São Bernardo). Novo empate no segundo jogo e decisão por pênaltis. Eliminado nas quartas de final.

2024 – Empatou os dois jogos contra a Ferroviária e venceu nos pênaltis. Avançou para a semifinal. 

O Juventus também chegou a 9 jogos invictos na atual competição (4 vitórias e 5 empates). Ele igualou sua maior série invicta no Campeonato Paulista A2 desde a temporada 2017 quando o Moleque Travesso obteve as mesmas 9 partidas sem perder (4 vitórias e 5 empates).

Padrão
Esportes

Endrick faz história em Wembley

Endrick é o terceiro palmeirense a marcar um gol pela seleção brasileira no mítico estádio Wembley na Inglaterra, nesse sábado (23), na vitória do Brasil por 1 a 0 contra os donos da casa.

O primeiro jogador alviverde a marcar no estádio foi Mirandinha em 1987, sendo ele também o primeiro brasileiro a atuar na Premier League. Edmundo em 1995 era o último palmeirense a marcar no palco londrino, ironicamente, essa tinha sido a última vitória do Brasil frente a Inglaterra.

O gol de Endrick é o primeiro dele na seleção nacional em três partidas e põe fim a um tabu de 29 anos. O último gol de um palmeirense na seleção havia sido marcado por Dudu em amistoso contra a Colômbia em 2017.

Endrick também se tornou o atleta mais jovem a marcar um gol na história do estádio Wembley, por clube ou por seleção, em todos os tempos.

Tudo isso com a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, como chefe de delegação brasileira.

Confira todos os jogos da seleção brasileira em Wembley com atletas do Palmeiras em campo:

Zequinha – 8.5.1963 Brasil 1×1 Inglaterra

Leão (G) – 19.4.1978 Brasil 1×1 Inglaterra

Mirandinha – 19.5.1987 Brasil 1×1 Inglaterra (gol de Mirandinha)

Carlos (G) e Luis Henrique – 17.5.1992 Brasil 1×1 Inglaterra

Roberto Carlos e Edmundo – 11.6.1995 Brasil 3×1 Inglaterra (um gol de Edmundo)

Endrick – 23.3.2024 Brasil 1×0 Inglaterra (gol de Endrick)

Padrão
Italianidade

150 Anos da Imigração Italiana no Brasil

Obrigado, Itália 

Foram seus filhos que forjaram a feição arquitetônica da maior cidade da América Latina, construindo o Museu do Ipiranga, o Teatro Municipal, o Martinelli, o viaduto Santa Efigênia, o edifício Italia, o MASP os bairros e vilas operárias, como Brás, Mooca, Bixiga, entre outros.

Na música, das óperas a Adoniran Barbosa tudo remete ao Bello Paese.

Na política, o primeiro ítalo-brasileiro no parlamento paulistano Samuel Malfatti introduz os italianos no sistema do ensino da cidade com lei de difusão da língua e cultura italiana.

Libero Badaro, ítalo-descendente, luta pela liberdade de imprensa e o fim da escravidão, tendo Garibaldi continuado sua obra por justiça social.

O Colégio Dante Alighieri se torna um dos mais importantes equipamentos de educação do país.

Juó Bananere poeta popular escrevia poemas num dialeto imigrante. Del Picchia e Ragognetti erguiam a semana de arte moderna.

Na Saúde, o Hospital Humberto I é pioneiro a atender o povo mais carente gratuitamente.

O Instituto de Cultura Italiano trazendo a todos o que de mais nobre existia na arte, literatura e design.

Os Crespi. Os Gamba. Os Matarazzo. Os Siciliano. O sonho de fazer a América por milhões de “anônimos”.

As festas de ruas, como a São Vitto, San Gennaro, Achiropita e Casaluce.

No teatro paulista, a Divina Comédia introduzida pelos italianos. A estética peninsular também inspira nosso cinema com Mazzaropi.

A pizza, o macarrão, a polenta, o vinho, o canolli. A força na agricultura, no comércio e na indústria.

As nonnas nas janelas. As leis trabalhistas. O sistema judiciário. O jornal Fanfulla. A missa aos domingos. As associações de caridade e mútuo socorro. Os engraxates.

No esporte, o Juventus, o Espéria e o Palestra Italia… Ah, o Palestra Italia, o maior campeão do futebol brasileiro!

Tudo aqui é Italia.

Obrigado, Brava Gente. Obrigado meus queridos antepassados. Orgulho ser Oriundi!

150 anos da Imigração Italiana no Brasil. 21 de fevereiro de 2024

Padrão
Esportes, Italianidade

Imigração italiana ajudou a moldar futebol brasileiro

Matéria elaborada pelo amigo e jornalista Renan Tanandone publicada na terça-feira (20) no portal da ANSA, no seguinte link:

https://ansabrasil.com.br/brasil/noticias/esporte/2024/02/20/imigracao-italiana-ajudou-a-moldar-futebol-brasileiro_34ffc104-041b-4a78-bf27-24781d5b822f.html

Reproduzimos na íntegra a matéria e agradecemos a atenção dispensada:

Imigração italiana ajudou a moldar futebol brasileiro

Influência dos expatriados vai além de Palmeiras e Cruzeiro


(ANSA) – Por Renan Tanandone – O Brasil inicia nesta quarta-feira (21) as celebrações pelos 150 anos da imigração italiana, processo que durou até meados do século 20 e deixou profundas marcas não apenas na sociedade, cultura e gastronomia, mas também no esporte mais amado do país, o futebol.

E se a ligação da Itália com clubes como Palmeiras, Cruzeiro e Juventus já é bastante conhecida, a influência dos imigrantes vai muito além e está presente em times que não costumam ser associados ao “Belpaese”.

É o caso do Corinthians, arquirrival do Palmeiras e que teve 13 italianos entre seus fundadores em 1910, no bairro paulistano do Bom Retiro, onde a população era predominantemente imigrante nas duas primeiras décadas do século passado.

Hoje o mais popular de São Paulo, o time foi criado por grupos sociais marginalizados em um esporte então reservado às elites, como operários e imigrantes, e seus dois primeiros presidentes eram italianos: o alfaiate Miguel Battaglia e o fundidor Alexandre Magnani. Também era da Itália o autor do primeiro gol na história do alvinegro paulista, Luigi Fabbi, um imigrante de San Secondo Parmense, na Emilia-Romagna.

O Corinthians, no entanto, nunca propagou essa “italianidade”, que quatro anos depois apareceria na fundação do Palestra Itália, o atual Palmeiras.

“O fato de haver alguns elementos italianos na origem de um clube não quer dizer necessariamente que ele represente o sentimento de italianidade. Ele [Corinthians] não foi uma instituição representativa da identidade e cultura italiana, como os outros clubes fundados por imigrantes. Esse é o ponto central que os distinguem”, disse à ANSA o historiador Fernando Galuppo.

“O Corinthians escolheu um nome de uma agremiação inglesa, suas cores e símbolos não remetem ou fazem qualquer referência à Itália e não possuem vínculos identitários com a comunidade italiana”, acrescentou.

Na contramão do alvinegro, o Juventude, clube centenário de Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, lançou até uma camisa para celebrar a influência da colonização italiana na região, em homenagem aos 150 anos da imigração.

Batizado como “Imigrantes”, o uniforme tem uma textura que simula o linho e carrega a frase “desistir jamais”, que representa a luta dos expatriados que tentaram a sorte no Brasil.

De volta a São Paulo, Galuppo listou uma série de clubes fundados com a ajuda de famílias italianas, como Associação Atlética das Palmeiras (Salerno), Sport Club Internacional (Facchini e Postiglioni), Paulistano (Stilitano) e São Paulo Railway (Fornasari).

“Os italianos se destacaram pelo seu espírito expansivo, comunicativo, passional, conquistador e artístico. A comunidade se adaptou à realidade de um novo país sem abrir mão de seus valores e particularidades, os quais são lembrados e mantidos com orgulho singular por netos e bisnetos daqueles que foram pioneiros”, concluiu o historiador. (ANSA).

FORZA VERDÃO!!!

Padrão
Italianidade

Cônsul italiano visita a mostra Nonni di São Paulo em Guarulhos no dia 25 de janeiro

No dia 25 de janeiro, a partir das 15h, o cônsul italiano em São Paulo, Domênico Fornara, visita a mostra Nonni di São Paulo, que está em exibição no Centro Municipal de Educação Adamastor, na cidade de Guarulhos. O evento faz parte das celebrações dos 150 anos da Emigração Italiana para o Brasil, que terão início no próximo dia 21 de fevereiro, e seguirão ao longo de todo este ano.

Na ocasião, o representante do governo da Itália em São Paulo será recebido pelo prefeito de Guarulhos, Gustavo Henrique Costa (Guti), e pelo idealizador e curador da mostra, o jornalista italiano radicado no Brasil Oliviero Pluviano.

No encontro, as duas autoridades irão prestigiar a mostra que retrata, por meio de fotos e depoimentos, a saga de vida de italianos que se estabeleceram no Brasil, ao longo de um século e meio, elegendo o país como uma segunda pátria, e que contribuíram para o desenvolvimento do Estado de São Paulo e do Brasil.

150 anos de história

A mostra Nonni di São Paulo, que já foi exibida em outras sete cidades paulistas, fica em Guarulhos até o próximo dia 29 de fevereiro e conta com o patrocínio da Bauducco – uma das marcas mais valiosas e consumidas do Brasil e líder em diversas categorias, como torradas, wafers e cookies, além disso, é a maior produtora de panetones do mundo – e apoio da prefeitura do município. O evento, que terminaria no dia 22 de fevereiro, foi prorrogado até o fim do próximo mês, fazendo parte das comemorações do início da chegada dos primeiros colonos italianos ao Brasil.

Itinerante, a exposição Nonni di São Paulo, lançada na cidade de São Paulo em 2021, com o apoio do Consulado Geral da Itália em São Paulo, conta a história de quase uma centena de vovôs e vovós italianos que emigraram para o Brasil e para o Estado de São Paulo a partir da segunda metade dos anos 1800.

Alguns desses personagens ainda trazem na memória muitas histórias de coragem e de superação e fazem parte de um recorte fundamental para compreender a importância e a contribuição desses pioneiros italianos para a cultura e a economia brasileiras, ao longo de gerações.

Cada um com sua história de vida na Itália e no Brasil ao longo de um século e meio. Alguns personagens vivos e muitos descendentes ajudam a perpetuar junto às novas gerações suas ricas histórias de vida e a compreender a importância da chegada de colonos italianos em São Paulo para a pujança do Estado mais importante do País.

Pioneiros de Guarulhos

Em cada uma das cidades por onde passou, a mostra Nonni de São Paulo destaca os pioneiros italianos que foram fundamentais para o progresso da região. Em Guarulhos, não poderia ter sido diferente.

Terceiro maior município mais rico e segundo mais populoso do Estado de São Paulo, Guarulhos também é uma das mais importantes cidades do Brasil e da América do Sul. Não à toa, a contribuição italiana para a pujança do município de Guarulhos ter muitos nomes e sobrenomes italianos.

Na mostra, o público tem a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a história de famílias vindas da Itália que colaboraram para colocar o município em destaque no cenário nacional. Luigi Bauducco, Paolo Faccini, Attilio Trevisan são alguns exemplos de italianos estabelecidos em Guarulhos que fizeram história na cidade e no Brasil.

Cada um deles em seus respectivos setores, todos foram fundamentais para a economia e o desenvolvimento da cidade. Tiveram a coragem e a tenacidade de empreender, com seus negócios frutificando e gerando tributos para os cofres públicos e empregos para milhares de famílias da cidade, Estado e País.

Serviço:

EXPOSIÇÃO NONNI DI SÃO PAULO

Quando: até 29 de fevereiro

Onde: Centro Municipal de Educação Adamastor

Horário: de segunda a domingo, das 9h às 22h

Endereço: av. Monteiro Lobato, 734 – Bairro Macedo – Guarulhos (SP)

Entrada: grátis

Curadoria: Oliviero Pluviano

Patrocínio: Bauducco

Apoios: Consulado Geral da Itália em São Paulo, Prefeitura de Guarulhos e Programa Mais Futuro, da Secretaria Municipal de Cultura de Guarulhos

Padrão
Esportes

Ex-jogadores do Palmeiras que dirigiram o Brasil

Dorival Junior será o novo técnico da seleção brasileira de futebol, segundo as notícias divulgadas pela crônicas esportiva na tarde desse domingo (7). Ele será o décimo primeiro ex-jogador da Sociedade Esportiva Palmeiras a comandar o Brasil em toda a história do selecionado nacional.

Confira a relação completa dos treinadores que foram atletas do Verdão:

Sylvio Lagreca – jogou no Palestra Italia em 1915. Treinou a seleção em 1940

Zezé Moreira – jogou no Palestra Italia nos anos 30. Treinou a seleção em 1952 e 1954

Aymoré Moreira – jogou no Palestra Italia nos anos 30. Treinou a seleção em 1954 a 1955; 1961 a 1963 e 1967 a 1968

Osvaldo Brandão – jogou no Palmeiras nos anos 40. Treinou a seleção em 1955/56/57 e 1975 a 1977

Antoninho – jogou no Palmeiras nos anos 50. Treinou a seleção em 1968

Carlyle – jogou no Palmeiras nos anos 50. Treinou a seleção em 1968

Mario Travaglini – jogou no Palmeiras nos anos 50. Treinou a seleção em 1976

Candinho – jogou no Palmeiras nos anos 60. Treinou a seleção em 1999 a 2000

Emerson Leão – jogou no Palmeiras nos anos 60/70/80. Treinou a seleção em 2001

Fernando Diniz – jogou no Palmeiras nos anos 90. Treinou a seleção em 2023

Dorival Junior – jogou no Palmeiras nos anos 90. Irá treinar a seleção a partir de 2024

Sorte e sucesso ao novo técnico da seleção brasileira em sua jornada e desafios.

FORZA VERDÃO!!!

Padrão
Esportes, Italianidade

Fascismo financiou o Palestra?

Recebi esse artigo dos anos 20/30 (na foto abaixo) de alguns amigos nessa tarde. Mesmo em férias, não me furto em tentar trazer uma luz sobre o assunto.  

A publicação foi veiculada no jornal “Pasquino Coloniale” um periódico fascista, que se notabilizou por ser um semanário humorístico ilustrado.

O slogan do jornal era o seguinte: “Unico giornale italiano umoristico con caricatura di attualità pubblicato nel Sud-America”.

Logo, ele fazia o que hoje chamamos de “fake news”. Como não havia como checar a informação e seguindo a linha editorial do jornal, o periódico era um órgão propagandista do ideário de Benito Mussolini, e utilizava esse tipo de expediente para aglutinar todas as correntes possíveis pertencentes a comunidade italiana paulistana ao Fascismo.

Isso fora de contexto parece ser “crível”, aos olhos revisionistas e sem nenhuma imersão séria sobre o assunto quase um século depois.

Isso no contexto de um jornal que era satírico-humorístico-fascista (como ele mesmo se afirmava) num tempo de guerra ideológica como propaganda de um regime em expansão usando o esporte mais popular na maior comunidade italiana fora da Itália faz todo sentido.

Vamos refletir um pouco perante algumas incoerências no artigo:

– Se os grandes industriais italianos notadamente financiavam o regime fascista, faz algum sentido o mandatário reverter verbas para um clube de futebol fora da Itália e que teria pouca ou nenhuma influência nos destinos da política fascista?

– Os clubes e estádios financiados ou alinhados com o Fascismo no mundo ou trocaram seus símbolos ou reproduziram a simbologia do regime em suas dependências, estruturas arquitetônicas e escudos. Por que APENAS o Palestra Italia não tem quaisquer resquícios desses pertencimentos em sua história?

– Como seria o aporte dessas divisas numa transação internacional em tempos tão obscuros da história?

– Por que uma notícia dessa natureza e magnitude que teria um impacto tremendo na propaganda fascista foi publicada APENAS num pasquim satírico-humorístico sem relevância e ignorado em periódicos de maior credibilidade e de abrangência internacional?

Etnicidade nunca foi (e será) sinônimo de ideologia.


FORZA VERDÃO!

Padrão
Esportes

Obrigado Minelli!

Faleceu hoje (23) em São Paulo o técnico e amigo Rubens Francisco Minelli. Siga em paz e em luz na sua passagem. Minha solidariedade, carinho e sentimentos aos amigos e familiares. Muito obrigado por tudo.

Minelli foi um dos maiores técnicos brasileiros e iniciou a sua trajetória no clube alviverde. Segue um breve perfil da sua atuação no clube de Palestra Italia:

Categoria de base

1959 a 1962 – Técnico do time infantil e juvenil do Palmeiras

Títulos:

Bi-campeão paulista infantil 1959 (invicto) e 1960

Bi-campeão paulista juvenil 1960 e 1961

Campeão do Torneio Vicente Feola juvenil 1959

Profissional

Períodos: 1969 a 1971; 1982 a 1983; 1987 e 1988

Estreia: Palmeiras 1×0 Grêmio Maringá-PR – Amistoso (6/7/1969)
Último Jogo: Palmeiras 1×2 Novorizontino-SP – Campeonato Paulista (2/4/1988)

Em 1969, o treinador levou o clube à conquista do Campeonato Brasileiro, do Torneio Cidade de Barcelona e do Troféu Ramón de Carranza, ambos na Espanha. Um dos maiores estrategistas da história do futebol nacional, permaneceu até 1971 no Palestra Italia, pelo qual teve outras duas passagens, de 1982 a 1983 e de 1987 a 1988.

Com um total de 252 jogos (117 vitórias, 86 empates e 49 derrotas) como comandante do Palmeiras, Minelli está entre os técnicos que mais comandou o time alviverde.

Descanse em paz e muito obrigado!

Rubens Minelli sendo homenageado pelo ex-presidente Mauricio Galiotte na última festa dos veteranos

Padrão